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  • Foto do escritorEquipa Clínica Navegantes

Entre a ansiedade de voltar e a ansiedade de regressar a uma “escola diferente”

Aos Pais:

  • Preparar o regresso à escola, antecipar, falar sobre os aspetos positivos do regresso à escola, os amigos, as brincadeiras.

  • Procurar transmitir segurança e tranquilidade neste regresso, as crianças espelham o modo como os adultos significativos de referência experienciam as situações- as emoções são contagiosas.

  • A criança pode sentir e experienciar emoções e sentimentos ambíguos, a alegria de voltar à escola, a tristeza de separação dos Pais e família e mesmo ficar mais zangada. Aceite estas emoções do seu filho com alguma normalidade, são naturais.

  • Pode ser normal alguma ansiedade de separação, assim como acontece no regresso à escola, depois das férias.

  • Não estimule alguma ansiedade que pode ser normal na criança, transmita segurança, diga-lhe que vai correr tudo bem e que depois a vai buscar, depois do trabalho.

  • Converse com a criança com verdade- diga-lhe que vão continuar a ter o vosso tempo de brincadeira, mas agora num outro horário. Cumpra, dentro do que é possível.

  • Reforce, sempre que possível o toque, a linguagem não verbal, os beijinhos, os abraços. Nesta fase, são ainda mais preciosos.

  • Pode explicar que também está um pouco triste com esta mudança, mas que vai ser bom para todos - Empatize -“ Sei que te estás a sentir ....porque...eu também...”.

  • Procure não exagerar no tempo de despedida, as despedidas longas e adiadas muitas vezes não são benéficas, mas devem-se manter os rituais de acolhimento e despedida, simplificando-os,

  • No regresso a casa, reserve um tempo para falar sobre como foi o dia, as brincadeiras, os amigos, como vai ser o dia de amanhã. Fale também do seu dia. Evite fazer perguntas fechadas, tornam mais dificil a expressão verbal e emocional. Pergunte com quem brincou, o que gostou mais, o que não gostou.

  • Comunique com a escola e mantenha uma relação próxima e de confiança. Faça as perguntas todas que considera pertinentes e que o permitam ter a tranquilidade e segurança possível neste tempo.

  • É essencial que confie que a escola do seu filho está a fazer tudo o que é possível, a dar o seu melhor na proteção de todos e a cumprir o seu papel ímpar no desenvolvimento do seu filho e no seu projeto de vida.

  • Identifique em si sinais de ansiedade, são normais nesta fase, muitas incertezas e algumas preocupações- Aceite-as. Se persistirem muito tempo e estiverem a ter impacto no seu funcionamento e bem estar, procure ajuda especializada.

  • Esteja atento a sinais persistentes e duradouros no seu filho que podem revelar alguma ansiedade que pode ultrapassar o esperado e ter impacto significativo no seu funcionamento. Neste caso, procure ajuda especializada- excesso de preocupações, “ E se....?, evitamento de situações, recusa escolar, procura constante de tranquilização que antes não se verificava, alterações na alimentação e sono, etc.

  • Esteja atento, nas crianças mais pequenas a tradução da ansiedade é naturalmente menos verbal e são mais frequentes outro tipo de comportamentos que podem mascarar e disfarçar a ansiedade, por exemplo, sintomas somáticos (dores de barriga, de cabeça) e maior reatividade emocional e comportamental, marcada por mais impulsividade, agitação e birras.

  • Procure manter as rotinas que conferem previsibilidade e segurança.

  • Não transfira para as crianças uma responsabilidade que elas não têm maturidade para ter em idades mais precoces, particularmente no que se refere ao cumprimento voluntário das regras de segurança e proteção.

  • Aceite a sua realidade- Se tem de voltar ao trabalho é porque é preciso para garantir o seu projeto de vida familiar.

  • Aceite que os medos, preocupações são normais, a incerteza, a falta de controlo pode gerar níveis mais intensos de ansiedade.

  • Não faça da Culpa companheira- está a fazer o seu melhor, a dar o seu melhor e todas as decisões que toma é com o objetivo de proteger o seu filho e lidar com a vida da forma mais adaptativa possível.

  • Cuide de Si e da sua saúde mental!

  • Não se esqueça que para além de Mãe ou Pai, é profissional, é amiga ou amigo, é irmão ou irmã, é filho ou filha- todos os papéis são essenciais para se sentir realizado/a.


Sónia Serrão - Psicóloga Clínica

Clínica Navegantes

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